domingo, 4 de junho de 2017

LUBRIFICAÇÃO NOS MOTORES DE COMBUSTÃO - A EVOLUÇÃO

 
Sistema de lubrificação por pressão, típico dos motores atuais - Imagem do  Portal Lubrita

É notório  que a lubrificação tem importância vital nos motores de combustão. Sem lubrificação ou mesmo com deficiência de lubrificação um motor moderno certamente perderia rendimento e fundiria após apenas alguns minutos em funcionamento. Na verdade, a lubrificação é indispensável ao funcionamento regular de quase todas as máquinas. Foi a descoberta e a evolução do conhecimento sobre lubrificação que viabilizou o desenvolvimento e difusão das máquinas modernas. Por outro lado, muito da formação do conhecimento universal sobre lubrificação, ora  alcançado, foi impulsionado pelo sucesso dos motores de combustão.

domingo, 8 de novembro de 2015

AGRUPAMENTO DE CILINDROS NOS MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA DE MOVIMENTO ALTERNATIVO


Motor de 16 cilindros em V do Bugatti Veyron - Fonte: Blog "The Garage"

O motores de movimento alternativo são, ainda, os motores de combustão interna mais difundidos. Como falado no post anterior, atendem um amplo leque de aplicações, ciclos térmicos de funcionamento, faixa de potência, entre outros. Isso resulta em outra grande diversidade de concepções construtivas e arquiteturas.  Um dos pontos que chama a atenção na arquitetura dos motores alternativos é o agrupamento de cilindros, em geral idênticos, formando uma única unidade motriz.  Encontramos motores desde um - os monocilíndricos - até os de dezesseis cilindros ou mais - os multicilíndricos

Motores de um só cilindro apresentam maior simplicidade de construção e de manutenção, além de maior fiabilidade. Pois, quanto mais cilindros possui um motor proporcionalmente maior é sua complexidade construtiva e de manutenção. Outra consequência da multiplicidade de cilindros é o incremento direto do risco de falhas.  Entretanto existem diversas razões para produção de motores multicilíndricos. Entre as principais razões para se ter motores multicilíndricos podemos destacar os seguintes objetivos:
  • Adequação de dimensões e formato ao espaço de instalação
  • Existência para motores Otto de valor de deslocamento volumétrico por cilindro ideal
  • Melhor relação peso/potência
  • Menor nível de ruído e vibrações

sábado, 20 de junho de 2015

TIPOS DE MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA - CONCEPÇÃO MECÂNICA E CICLOS TÉRMICOS



Os motores de combustão interna podem ser de vários tipos. As variações passam por concepção, arranjo mecânico, arquitetura da unidade e ciclo térmico, entre outros. A coexistência de tantos tipos se justifica por haver um imenso leque de aplicações existentes, com requisitos preponderantes  bastante diferenciados, incluindo fatores críticos para algumas aplicações. De maneira que, na escolha de um motor, a relevância comparativa para cada componente do desempenho característico dependerá do tipo de aplicação pretendida. Como bem dizem; se as necessidades são diversas, as soluções tendem a serem múltiplas.

Atualmente, a variedade de tipos de motores de combustão interna conhecidos é imensa, e o número de variantes tipológicas é igualmente abundante. Pois, desde o surgimento dos primeiros motores de combustão interna práticos, que começaram a ser comercializados na década de 1860 por Lenoir, a quantidade de tipos que se afirmaram e continuam em produção é considerável. Há também os que não conseguiram obter êxito comercial, mas que por algum motivo continuam a serem considerados como uma possibilidade futura. E noutra ponta, há aqueles que chegaram a se afirmar, mas, que depois de  algum tempo foram suplantados pela concorrência, tendo sua concepção se tornado obsoleta, e devido a sua por sua importância histórica não merece ser esquecido, sendo o exemplo mais significativo os motores de dois tempos sem fase de compressão de Lenoir e os atmosféricos de Nikolas Otto - também sem ciclo de compressão.

sábado, 21 de março de 2015

MOTOR DIESEL - INVENÇÃO MOTIVADA PELA ECONOMIA

Moderno motor diesel - Fonte: Portal Um Como



PANORAMA NA ÉPOCA DO SURGIMENTO
O Motor Diesel foi o terceiro tipo de motor de combustão interna quanto ao ciclo de funcionamento.
Quando Rudolph Diesel conseguiu sua patente, em 1897, a Máquina a Vapor ainda imperava como principal força motriz. Entretanto, os motores a explosão já eram produzidos comercialmente há mais três décadas e haviam se tornado razoavelmente populares em alguns nichos, principalmente depois do motor de quatro tempos de Otto, a partir do qual os demais passaram a incluir uma fase de compressão, tornando-se muito mais econômicos, bem mais compactos e leves.

O principal combustível empregado nos motores a explosão era o gás de iluminação e de altos fornos. Porém, a nafta ou gasolina, até então considerada um indesejado subproduto da obtenção do querosene e que era descartado por falta de valor comercial,  começava a ser adotada como combustível nos motores a explosão, graças ao incentivo da indústria petrolífera e ao desenvolvimento do carburador.

Após refinamentos sucessivos, Diesel apresentou seu motor funcional em 1897 - Fonte: Wikipedia

domingo, 1 de março de 2015

IGNIÇÃO NOS MOTORES A EXPLOSÃO - O DOMÍNIO DA CENTELHA SOBRE A CHAMA


Motor  a gasolina de Gottlieb Daimler de 1883 com ignição por tubo quente - Fonte: Mercedes-Benz Blog

IGNIÇÃO ELÉTRICA JÁ NOS PRIMEIROS MOTORES COMERCIAIS


Os primeiros motores de combustão interna foram os motores a "explosão". Um dos grandes desafios que os inventores tiveram que resolver foi o de como inflamar a mistura ar-combustível confinada dentro do cilindro fechado e de forma controlada. Os dois  primeiros motores a obterem sucesso prático - primeiramente o dos italianos Barsanti e Matteucci e depois o de Lenoir - utilizavam a mesma solução: centelha elétrica.  Entretanto, em motores experimentais o sistema de ignição por centelha já havia sido utilizado pelo menos quase meio século antes. Um dos registros de pioneiros é o do motor movido a hidrogênio de Isaac de Rivaz, desenvolvido a partir de de 1804. Rivaz utilizou uma pilha de Volta para alimentar o circuito elétrico.

O primeiro motor de combustão interna a ser produzido comercialmente foi o de Lenoir, que utilizava ignição por centelha. Mas, durante as primeiras décadas de vida dos motores a "explosão", já como produto comercial, outros sistemas foram propostos com relativo sucesso até que a centelha viesse a se tornar o sistema padrão.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

MOTORES SEMI-DIESEL - OS POPULARES CABEÇA QUENTE


Motor de bulbo quente monocilíndrico a quatro tempos marca alemã Hornsby-Akroyd  - Fonte: Wikipedia
 

HISTÓRICO

Os Motores de Bulbo Quente, que ficaram conhecidos no Brasil como Cabeça Quente, surgiram na Inglaterra, poucos anos após o registro da patente dos motores Otto, sendo sua patente anterior a do motor Diesel em mais de uma década.  Sua proposta era utilizar combustíveis derivados do petróleo mais pesados que a gasolina, os quais não se prestavam para utilização no motor de ciclo Otto por não serem vaporizados por dispositivos como o carburador. Vale salientar que os motores de bulbo quente se mostraram multicombustíveis, pois podiam consumir gás, gasolina, querosene e diversos tipos de óleos vegetais ou derivados de petróleo, até mesmo banha de porco e alcatrão vegetal (creosoto de madeira) são citados na literatura.